quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

História do Papel Reciclado

O homem da antiguidade utilizava a madeira, o metal e a pedra para os seus escritos. Assim foram feitos os primeiros livros. Como esses materiais apresentavam muitos inconvenientes, devemos aos egípcios uma feliz invenção – o papiro.O termo designa tanto o vegetal como a própria folha, macia e maleável, obtida a partir das películas membranosas extraídas do caule da planta
Para se fazer o papiro, corta-se o miolo do talo em laminas bem finas, depois de secas em um pano, são mergulhadas em água com vinagre onde permaneceram por seis dias para eliminar o açúcar. Novamente secas as lâminas são dispostas em fileiras horizontais e verticais, umas sobre as outras. Esse material é colocado ente dois pedaços de tecido de algodão e vai para uma prensa por seis dias. Com o peso as laminas finas se misturam e formam o pedaço de papel amarelado, pronto para ser usado.
O papiro espalhou-se pelo mundo antigo sendo usado até o século XI, embora os mesmo egípcios tenham novamente inovado, trezentos anos antes de Cristo, inventando o pergaminho, resultado de um tratamento especial dado à pele de animais como carneiro e cabra.
A indústria e o comercio do livro se expandiu, primeiro sob a forma de um rolo – o “volumen”, depois com as folhas chatas, tal qual o conhecemos hoje, chamado de “codex”.
Aos chineses é dada a invenção do papel, cerca de dois séculos a.C. Tratava-se de uma pasta feita com seda, o que encarecia muito. Para barateá-la, a partir de 105 a.C., foram utilizados fibras de cascas de árvores, extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca rasgadas. O uso do papel vulgarizou-se, a partir de então; e o papel era conhecido entre o povo como “papel Tsai Lun”.
Foram os árabes que aprenderam os segredos da fabricação do papel, nos meados do século VIII, após conquistarem regiões onde se dava sua fabricação. Na Europa, os moinhos de pasta de papel começaram a funcionar no século XII, na Espanha mulçumana.
No Brasil a primeira fabrica de papel começou a funcionar no século XIX, entre 1809 e 1810, no Rio de Janeiro, construída por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil.
No século XX, na década de 80, como reação política, cultural e ideológica, houve uma retomada do papel artesanal, época em que Marlene Trindade, professora da UFMG, criou o primeiro atelier experimental de papel feito à mão, na Escola de Belas Artes, institucionalizando assim o estudo do papel artesanal em Minas Gerais. Com a divulgação através de cursos nos Festivas de Inverno e na Comunidade do bairro Lindéa, vários artistas mineiros iniciaram a sua produção de papel artesanal, tornando Minas Gerais um grande centro de pesquisas de papel artesanal.

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